Participantes: Mário Rocha, Joana Rocha, João
Santos, Celeste Viana, Manuel Silva, Adélia e Carlos
Hoje dia 17 de
Julho de 2011 os "Meias Solas" fizeram a sua VI caminhada, o Trilho
do Vale do Urtigosa em Arouca.
Este Trilho
tem 11 km e é feito de forma circular, leva à volta de 5h e começa na aldeia de
Rossas, passando pela povoação de Torneiro, Provisende, Póvoa, Souto Redondo,
Lourosa de Matos e novamente Rossas.
Saímos de
Grijó por volta das 7:30,em dois carros. Foram sete os participantes: Mário
Rocha, Joana Rocha, João Santos, Manuel Silva, Celeste Viana e dois novos
participantes: Adélia Maria e Carlos Cunha.
Desta vez,
resolvemos ir por nossa conta e fazer uma nova actividade, caminhada com
orientação, recorrendo a mapas e ás indicações do caminho, embora alguns
estivessem munidos de GPS!!!!!
Chegamos á
Igreja Matriz de Rossas (românica), por volta das 8:45h. Estacionamos os carros
e começamos a preparar-nos para partir, depois de alguns mudarem de roupa
pusemos as mochilas às costas e lá “abalamos” em direcção a Torneiro, como
indicava no folheto do percurso.
Em Torneiro,
começamos por passar pela ponte sobre o rio Urtigosa. Depois de algumas casas,
onde ainda deviam estar a dormir, começamos uma leve subida em forma de S (que
diga-se de passagem, a mim custou-me um pouco, tal como todas as outras
subidas… ).
Nesta parte do
percurso aconteceu-nos a nossa primeira peripécia, perdemos as indicações do
trilho…”Vira-mos á esquerda ou seguimos em frente?” Lá entre todos, e depois de
consultar os mapas decidimos ir em frente, continuando a procurar as marcas…
Mas, sinalização nem vê-la… Era caso para dizer: “Onde está o Wally?”, perdão
“Onde está a sinalização?”
Uns passos
mais a frente lá encontramos um habitante que andava no meio do pinhal a
apanhar fetos talvez para usar nos currais dos animais. Resolvemos então
perguntar-lhe se estaríamos no trilho certo. Mas, o “pobre” não percebia nada
destes trilhos, para ele isto deveria ser apenas actividade de gente da cidade…
Pergunta-mos então se aquele caminho ia dar a Provisende, ao que nos disse que
sim e que iria dar a uma estrada de alcatrão. Ao chegarmos à estrada de
alcatrão deparamo-nos com uma nova encruzilhada: "para cima ou para
baixo?”. Resolvemos então ir para baixo. Andamos mais um pouco e encontramos um
miúdo ao qual perguntamos se o caminho para o lugar da Póvoa era aquele, ao que
nos disse que não, que a Póvoa ficava para trás…
Bem, lá
voltamos nós a fazer o caminho inverso pela estrada até que entramos por uma
estradinha de campo e depois de mais duas perguntas lá chegamos ao lugar da
Póvoa e às tão desejadas indicações do trilho…
Aqui, seguimos
a indicação em direcção a Souto Redondo e passamos por entre campos com árvores
de fruto e ruas cobertas por videiras. A entrada na povoação é muito peculiar,
tem uma capelinha muito pequena e toda branca, com um campanário com um sino e
um relógio, que nos saudou com o seu toque, lembrando que era já meio-dia.
Podíamos ter almoçado ali, pois no adro da capelinha tinha uns bancos de madeira
mas, resolvemos seguir mais um pouco.
Deixamos então
a aldeia para trás e subimos a estrada em direcção a Lourosa de Matos. No cimo
da subida encontramos um cruzeiro e a escola primária de Souto Redondo. Está
bastante abandonada, sem portas e cheia de mato. Isto fez-nos lembrar que os
fenómenos desertificação e baixa natalidade, são um facto.
À nossa
direita ficava uma paragem de autocarro e, foi aqui que decidimos almoçar. O
que é certo é que durante o nosso almoço (cabrito assado), não passou o autocarro.
Acabado o
almoço partimos rumo a Lourosa de Matos. Voltamos outra vez a fazer o trilho
pelo meio do pinhal até entrarmos numa pequena rua de paralelos, que ia dar
mais uma vez a uma escola abandonada.
Como tudo
aquilo que sobe, tem sempre tendência a descer, lá descemos até Lourosa de
Matos. No fim da descida encontramos uma placa que nos indicava que o trilho
estava quase no fim.
Descemos, por
onde de Inverno corria água, até ao rio Urtigosa. Passamos por uma ponte que
mal se vê, tal é o estado de vegetação (alta e com muitas silvas).
Seguimos então
um rego de água que nos levou ao inicio da população de Rossas. Daqui até à
igreja matriz foi apenas um pouco de estrada.
Chegamos eram
15h, pensamos ainda visitar a Igreja Matriz, mas esta encontrava-se fechada.
Eram então
horas de pousar as mochilas. Deu ainda tempo de dar uso aos tais GPS e
contadores de passos que falei no inicio. Uns contaram quanto tempo demoramos a
fazer o trilho, outros quantos passos demos, e ainda houve quem tenha traçado o
trilho no telemóvel, o que deu para rir do caminho e do tempo que perdemos de
manhã quando não encontrávamos o trilho….
É caso para
dizer, o que seria de alguns totós se não houvessem as novas tecnologias….